Inaugurada em 07 de julho de 1885 recebeu esse nome devido a presença do monarca no dia da sua inauguração. Cachoeira foi o maior entreposto da região na época, escoando produtos do sertão e da Capital.
Sua estrutura é composta de ferro e lastros de madeira importados da Inglaterra e mede 365 m de comprimento e 9 m de largura. Significativa construção para a economia baiana no século XX e uma das principais obras de engenharia da América do Sul à época.
No século 19, o governo imperial, sob o comando de Dom Pedro II, mandou construir uma ponte num estaleiro da Inglaterra, como presente de reconhecimento pela bravura do povo baiano no episódio de expulsão dos portugueses da Bahia. A ponte foi trazida desmontada da Inglaterra e montada toda na região. A obra foi dirigida pelo engenheiro francês Frederico Merci e a fiscalização ficou a cargo do engenheiro baiano Afonso Glycerio da Cunha Maciel.
A construção da Ponte Dom Pedro II contribuiu significativamente para o desenvolvimento da economia baiana até meados do Século XX. A produção agrícola e mineral do sertão era levada em tropas de burros e, depois posteriormente, através do trem até Cachoeira. A partir do Rio Paraguaçu, era conduzida em transporte fluvial e marítimo para a capital. No sentido inverso, levava produtos manufaturados ao interior, formando um dinâmico sistema, que atendia também ao transporte de passageiros, através do lendário Vapor de Cachoeira.
Ligando as cidades de Cachoeira e São Féliz feita em aço com muita arte e beleza é um dos símbolos mais marcantes do Recôncavo baiano, não obstante a precária manutenção dispensada. Hoje os poucos trens que por ela circulam dividem espaço com ônibus e outros tipos de veículos, além dos pedestres que a utilizam para transitar entre as duas cidades.
André Luiz S. Marinho
(Contramestre de capoeira Angola e pesquisador de cultura popular)
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